Empreender é um meio que pode abrigar a todos. Basta ter uma ideia, organização e foco para tornar o sonho de ter um negócio próprio em realidade. Na última década, o número de empreendedores cresceu exponencialmente e mostra novas alternativas para o Brasil se recuperar financeiramente, crescer e se mostrar para o mundo.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontou, por meio do Atlas dos Pequenos Negócios de 2022, que os microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenos empresários são responsáveis por gerar uma renda de cerca de R$ 420 bilhões por ano.
O valor é impressionante e mostra a força do empreendedorismo nos quatro cantos do país. O levantamento aponta que os MEI, categoria que cresce muito por englobar inúmeros tipos de comércios e de prestadoras de serviços e que pode ser feita de maneira individual, sem funcionários contratados, movimentam R$ 11 bilhões por mês, sendo que ao ano, o valor fica na casa dos R$ 140 bilhões. Já as micro e pequenas empresas (MPE), por sua vez, geram uma renda de R$ 280 bilhões ao ano.
Com rendimentos muito além do esperado, o meio do empreendimento tem atraído cada vez mais brasileiros e se mostra uma forma eficaz de se manter ativo no mercado de trabalho, sem voltar aos meios tradicionais de estar empregado. O Sebrae indica que 78% dos MEI têm o negócio como sua única e principal fonte de renda, enquanto entre os micro e pequenos empresários a taxa é de 71%.
O crescimento do empreendedorismo, em especial após o período pandêmico, pode ser atribuído a inúmeras causas. Desde a vontade de iniciar uma nova carreira até a possibilidade de ter uma rotina mais flexível com melhores condições de trabalho. Criar um estabelecimento tem sido algo que conquistou a atenção de milhões de brasileiros de todas as idades e classes sociais.
Naturalmente, existem cenários mais e menos vantajosos. Aqueles com maior poder aquisitivo têm mais chances de prosperar rapidamente, já que podem despender maiores investimentos. No entanto, isto não significa que pessoas de classes sociais baixas não possam entrar nesse mercado. Estar atento às necessidades de sua cidade ou bairro, colocar alguma habilidade a prova e usá-la para a prestação de serviços e até criar algum produto inovador para o seu meio de vivência pode ser a chave para o sucesso.
Com os esforços de todos, desde os mais novos empreendedores aos velhos de guerra, o cenário financeiro pode ver uma luz no fim do túnel e um respiro após períodos de muita tensão ocasionados nos últimos anos. Dar apoio ao pequeno e, principalmente, ao local, é uma forma de expandirmos ainda mais o meio dos negócios e um meio de darmos motivação aos criadores das empresas.
Muito além do benefício econômico, já que quase R$ 500 bilhões são movimentados pelos pequenos empresários, há também o viés de renovação de mercado. Novas marcas surgem, o que pode gerar uma concorrência mais leal frente a grandes cadeias, além de oferecer uma gama maior de produtos e serviços para a população em geral. Aos poucos, o empreendedorismo domina o Brasil e dá a milhões a chance de crescer na vida, além de dar força à economia como um todo.
