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Recuperação a lentos passos

Com a expectativa da desaceleração da geração de empregos, retomada econômica e de crescimento pode ser prejudicada

A pandemia trouxe consigo consequências devastadoras. A perda de entes queridos, medos, receios e ansiedade por conta dos desdobramentos da doença e mudanças radicais no estilo de vida de todos são alguns dos aspectos que marcaram os anos de 2020 e 2021 para todos. Há ainda um tópico que repercute e influencia diretamente a vida de muitos: desemprego e geração de renda.

Em 2020, o índice de desemprego, indicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chegou na casa dos 14,2%, o que na prática indicava que mais de 14 milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho. No ano seguinte, houve certa melhora. Em novembro, a taxa estava em 12,6%, o que indicava cerca de 13,5 milhões de desempregados.

O recuo no desemprego se deve a múltiplos fatores, em especial, ao avanço da vacinação que possibilitou a retomada total das atividades comerciais, empresariais e industriais. O setor de comércio teve 159.492 empregos criados em São Paulo em 2021, enquanto na parte de prestação de serviço foram 416.046 novas vagas. No entanto, as projeções para os demais meses de 2022 não se mostram tão animadoras quanto esperado.

Em uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado de São Paulo (FecomercioSP) divulgou um levantamento por meio da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (Pesp) que indica que não haverá redução dos postos de trabalho ativos. 

No entanto, não há perspectiva para a criação de novas vagas, ou seja, a geração de empregos em São Paulo pode não ter saldo positivo este ano.

A FecomercioSP aponta que haverá maior cautela na hora de se fazer grandes investimentos, tal como são os empregos formais, com carteira assinada, por conta do período eleitoral, que anda lado a lado com a baixa expectativa de investimento governamental no meio de capacitação e criação de novas vagas.

Além disso, ainda há as oscilações constantes do mercado financeiro, que tem uma expectativa de queda para os próximos meses, em paralelo as altas de outras taxas, como a Selic e a inflação, que afetam diretamente a maneira como as empresas lidam com seus postos de trabalho e o que oferecem à população.

Com os gastos aumentando, as vagas tendem a ser menos atrativas por oferecerem salários menores pelo dobro de ocupações. Logo, a precarização da força de trabalho pode aumentar nos próximos meses, pois muitos podem se voltar ao trabalho informal, postos temporários ou até mesmo tentar a sorte de empreender.

Com um cenário instável, é preciso cautela na hora de trocar de emprego ou recolocação. É importante avaliar a situação, os benefícios que a vaga vai oferecer e se será realmente benéfico ao trabalhador e seu núcleo familiar. Investir em capacitação e qualificação profissional é uma boa alternativa para garantir que está de acordo com o esperado pelo mercado e para se destacar nos processos seletivos.

Também é importante entender onde estão as melhores oportunidades e acompanhar o crescimento dos nichos de interesse de atuação. Quanto maior for o conhecimento sobre as tendências, mais fácil será se manter empregado ou conquistar um tão sonhado novo posto de trabalho.

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